segunda-feira, 8 de junho de 2009

Repressão dos Movimentos Sociais

Parte 1
Atualmente, os trabalhadores simples, a maioria das mãos e braços que realmente trabalham - os homens e mulheres que batalham todo dia para garantir saúde, educação e alimento todo o mês - tem acompanhado cada vez mais a usurpação e privatização dos seus direitos básicos e lentamente tem sido incorporados num sistema que os cobra pelos seus direitos como se eles fossem privilégios.
Um estado tem o dever de - no mínimo - garantir educação, transporte, lazer, saúde e saneamento de qualidade à população que paga impostos altos que são mal empregados, quando empregados, e além disso tem sido forçada a pagar pedágios para usar as estradas, pagar pela educação de qualidade, e às vezes não poder procurar emprego ou mandar os filhos para a escola porque a passagem municipal é muito cara ou até o direito constitucional à greve.
Ocorre constantemente um sucateamento aliado a demonizaçãodo setor público para que as pessoas sejam levadas a procurar os setores privados, vemos isso com frequência no setor de saúde pública, onde as pessoas tem que enfrentar filas exorbitantes para tentar um atendimento, sendo que muitas delas se veem obrigadas a se privar de outras necessidades básicas para pagar por um atendimento médico privativo.
Programas governamentais neoliberalizantes tentam maquiar essa realidade da má utilização do dinheiro público com medidas do tipo Bolsa Familia, que se utiliza da velha política do "pão e circo", acalmando a população sendo dessa forma uma medida de controle da massa, evitando a tomada de consciência da mesma que levaria a mobilizações.
Assim tido, com todo direito e razão, a população canaliza suas demandas nos movimentos sociais - na tentativa de alcançar condições dignas de vida - e por sua vez, sofrem a repressão física e ideológica dos setores de elite da sociedade - representados pelo governo e suas instituições - e da imprensa, a qual desconstrói e criminaliza a pobreza mostrando-os como essencialmente marginais, vagabundos, sujos, traficantes, de má índole, etc., uma idéia que os mesmos não participam da sociedade aceita e modelo, perdendo seu papel de agente histórico; e criminalizando também os movimentos sociais.
Luana Ferreira de Oliveira
Humberta Soares Lemos
Djefri Ramon Pereira
Daniela Possebon

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